O prédio esta inseridos na região turística da Serra Verde Imperial, dentro do circuito turístico Terê-Fri, que une Nova Friburgo à Teresópolis pela rodovia RJ-130.
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ROADSCAPES
Poderíamos estabelecer então duas paisagens sobrepostas, a paisagem da serra natural e a paisagem do movimento com o qual se observa os objetos. É uma visão mais tubular do vale, onde lateralmente encontra-se com uma paisagem de diversos elementos em movimento tendo como pano de fundo a serra.
O Centro Cultural se observa então em uma primeira instancia nesta perspectiva, de maneira a seduzir à distancia, e dialogar com seu entorno com um elemento geométrico muito simples. O prédio se encontra no ponto de giro da rodovia, pelo que se pode observar desde distintos ângulos com uma perspectiva sempre dinâmica sobre um fundo fixo. A textura exterior de um único material pétreo distorce ainda mais na perspectiva em movimento, gerando vibrações e moiré. É um objeto único de forma em movimento.
ILHA
Em uma segunda instancia, reduz-se a velocidade do observador, entreparando, e o projeto se apresenta como uma ilha, um recinto exilado do entorno imediato. O edifício então converte-se em uma surpresa, contendo-se na sua arquitetura.
É uma escultura narrativa, ao recorrê-la transforma-se em uma silhueta como duas cadeias de montanhas, em primeiro e segundo plano, e logo a serra com seus múltiplos planos de relevo. Uma paisagem reflexo que complementa e aumenta seu contorno. Além disso, uma estratégia de controle, minimizando os pontos de ingresso e escondendo o acesso de serviço.
UM VALE DENTRO DE UM VALE
Um único plieque dá acesso ao interior, desde onde se mostra a verdadeira complexidade. Uma praça com forma do vale dinamiza as atividades em um espaço amplo e permeável, que esconde o contorno imediato e amplifica as vistas até a serra. Tal complexidade é uma percepção do resultado do oportuno giro que gera o próprio prédio e da própria rodovia. Dois blocos de teto inclinado unidos nos seus extremos.
PAISAJEM AJUSTADA
O interesse nas vistas, desde o paisagismo até a arquitetura se vê sempre acentuado pela intencionalidade dos enquadramentos e dos pontos de vistas. Um passeio fotográfico dinâmico, do ponto de vista em movimento. Transversalmente, o projeto pode ser percorrido na forma de um “horn” ampliando as vistas até a grande superfície do muro perimetral, a onde há grandes janelas que enquadram a paisagem de forma controlada. Assim como a praça tem uma vista enquadrando do céu e da serra, acontece o mesmo com dentro dos ambientes de cada atividade, as janelas enquadram a paisagem.